Assim caminha minha humanidade

#TerapiaFamiliarHoje

Me chamo Suely Engelhard

Terminei minha faculdade de Psicologia no ano de 1971. Éramos a terceira turma da UFRJ. Meu CRP é 5ª 0104. Assim tenho um tempo expressivo de percurso na Psicologia.

Meus primeiros 20 anos nessa profissão trabalhei com o que hoje se denomina “Avaliação Neuro-Psicológica”, mas que na minha época era mesmo “Avaliação Psicológica”. Além disso fazia ludoterapia e grupos terapêuticos com adolescentes e crianças.

Do meio para o fim dos anos 80 iniciei minha formação em Psicologia Analítica na SBPA (Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica) me formando em 1990. Porém, já estudava a Psicologia Analítica (PA) de C G Jung desde 1969, quando ainda cursava Psicologia. A Psicanálise nunca me encantou; considerava – a redutivista e explicando todas as questões a partir de uma única vertente.

Por sorte tivemos uma professora de origem francesa, Monique Augrás, que ao nos ensinar o Teste de Rorschach, nos apresentou Jung e iniciei com ela meus primeiros aprendizados nessa linha teórica que me preencheu o entendimento sobre o ser humano e a humanidade.

Iniciando minha análise com Carlos Byington, mestre e grande amigo a posteriori, mergulhei na vivência dessa teoria que nos leva a compreender que fazemos parte de uma grande família, a família humana, que “nascemos a 10 mil anos atrás” e que está na relação Eu – Outro o fundamento do entendimento da inter-relação emocional intrapsíquica.

No período de minha formação passei a atender também adultos em processo analítico. Ao findar a formação ingressei em meados de 1990 na formação em Terapia Familiar Sistêmica Breve, na Núcleo Pesquisas, de meu mestre e amigo Moisés Groismam, onde permaneci vinculada, após me formar, fazendo cursos de atualização até um momento que tive que me afastar por questões de adoecimento de meu marido. Alguns anos depois retornei ao convívio desse querido mestre e de minhas amigas da Família Sistêmica. No momento não estou podendo participar de qualquer curso, mesmo on-line (grande facilidade), por horários incompatíveis. Espero que para o ano possa voltar a essa convivência fraterna e altamente instrutiva.

Como duas grandes amigas também fizeram sua especialização em Terapia Sistêmica na Núcleo Pesquisas e sendo todas nós de Niterói, iniciamos dando cursos sobre o pensamento sistêmico até nos consolidarmos e fundarmos o CAAPSY – Centro de Atendimento e Aperfeiçoamento em Psicologia –um Instituto Formador em Terapia Familiar Sistêmica (TF), onde conseguimos fazer a união com os conceitos da Psicologia Analítica, que tem como pressuposto teórico a fundamentação no relacional. O próprio Jung dizia que erana relação que o processo se dá.

Hoje o CAAPSY adaptado a esse novo momento dá cursos de formação e atualização online, e mantem turmas com alunos de Niterói, Rio de Janeiro e  também em Natal, Rio Grande do Norte. Todas nós fundadoras desse instituto formador somos associadas titulares da ATF-RJ/ABRATEF.

Nesses tempos de pandemia devido a disseminação do COVID 19 e da banalização feita de sua contaminação e letalidade, da “des”governança dos que se prontificaram, uma vez escolhidos, a representar o povo e dele cuidar, o on-line, recurso plausível único para poder-se continuar trabalhando, institucionalizou-se, e permanecerá, mesmo após o controle da pandemia.

Participei com artigos de vários livros e sou autora do livro: “A Transformação das Perdas: pela terapêutica narrativa de mitos sagas e contos de fadas” Engelhard,, S Curitiba: Appris, 2020.

Participo atualmente no projeto piloto de Capacitação em Atendimento Familiar para a rede Pública de Saúde Mental, resultado do convênio firmado pelo Ministério da Saúde e o Centro de Estudos Augusto Leopoldo Ayrosa Galvão – CEALAG, com idealização e coordenação geral de Maria Rita Seixas, realizado on-line pela plataforma ZOOM, pelo Instituto Formador em Terapia Familiar Sistêmica – DELPHOS Espaço Psicossocial, apoiado pela ATF-RJ / ABRATEF.

E estou no caminho de outras tantas realizações, até minha partida para a grande viagem do tempo de “nunca mais”.