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Escolhi desde cedo ser psicóloga. Aos 12 anos de idade, eu já dizia , com muita certeza, da profissão que eu iria abraçar. E era visceral. Sempre fui observadora, sensível, questionadora. Colecionava e lia a revista Pais e Filhos, era interessada em saber como as pessoas se relacionavam. Eu só não sabia a que área eu iria me dedicar. Mas fui, com muita persistência, conseguindo galgar várias etapas.

A vida parece que testa a gente para saber se é isto mesmo que queremos. Não caberia aqui contar todos estes testes que vivi, mas aqui vai resumidamente: cursei a UFRJ e minha monografia foi na área escolar. Mais à frente, comecei a trabalhar, na área Organizacional, onde atuei por muito tempo em Recursos Humanos com Recrutamento, Seleção e Treinamento Pessoal. Porém, parece que existem ciclos que se renovam: termina um para a abertura e início de outro. E foi nesta época que de me dediquei à área clínica. Fiz uma especialização numa área de atuação corporal (Biossintese). Foram 5 anos de aprofundamento, estudo e supervisão dos atendimentos. Depois de algum tempo, comecei a me interessar por trabalhar com famílias. Fiz uma formação em Terapia Sistêmica Familiar. Sinto uma grande identificação com esta linha de trabalho. Hoje atuo com esta base teórico-vivencial e que tem me orientado muito a ajudar e caminhar junto a quem faz terapia comigo.

Durante a pandemia, inicialmente fiquei paralisada e impactada, não sabendo que direção tomar. Tudo parou, porém a ansiedade, o pânico, a depressão que as pessoas estavam sentindo, me chamou a ajudá-las. Comecei a participar como voluntária para atendimento psicológico em alguns programas e instituições. Uma delas, a ATF-RJ, que por sua vez, passou a ter reuniões com seus profissionais associados. O grande benefício disso: compartilhar o que estávamos sentindo para também poder contribuir com nosso conhecimento e sensibilidades em relação às pessoas que procuravam ajuda. Com isso, lá se vai 1 ano e 6 meses. Construímos uma rede de relacionamento profissional, a própria categoria de terapeutas ganhou força, em função da necessidade das pessoas.

A diversidade de conhecimentos e experiências que adquiri em diversas áreas de Psicologia me ajudam muito em minha prática. Mesmo assim, sei da necessidade constante de atualização e de outras perspectivas para poder acompanhar as demandas de cada tempo. Fico feliz por ter decidido por esta profissão, por continuar a atuar nela e, principalmente por ter flexibilidade para lidar com o fluxo e os caminhos que a vida me apresenta.

Paulina Cwajgenbaum

CRP 05/4204