#TerapiaFamiliarHoje
Sou membro da ATF-RJ desde 1996 e, em 2021, completo 50 anos atuando como psicóloga.
Escolhi essa profissão aos 14 anos, após ler um livro sobre Adolescência. Quando entrei na PUC-RIO em 1967, a profissão havia sido regulamentada há pouco tempo. Lá também fiz o Mestrado e fui professora no Departamento de Psicologia. Minha tese de Mestrado foi sobre Psicologia da gravidez, meu primeiro livro.
Amo escrever e nunca parei de publicar livros: são mais de 40, entre os ainda editados e os esgotados. Em 2020, comecei a publicar e-books de modo independente, para contornar as dificuldades do mercado editorial. Sempre com o propósito de divulgar conhecimentos da Psicologia para o público leigo que contribuam para a melhoria dos relacionamentos, para o desenvolvimento pessoal e para a construção do bem-estar.
Passei a atuar como palestrante e, para me preparar melhor para isso, frequentei cursos de teatro que muito contribuíram para me apresentar para diversos tipos de público. Além disso, há muitos anos estudo piano e, posteriormente, estudei percussão e trabalho com a voz.
Como o mercado de palestras é muito competitivo, senti a necessidade de desenvolver um modo diferente de atuar. Então, a partir de 2010, passei a compor músicas que sintetizam as ideias que apresento. Levava teclado e instrumentos de percussão para me acompanhar.
Com quatro ou cinco músicas para cada tema de palestra, cheguei a um total de 24 composições. Então, em 2015, organizei “Nas trilhas da vida”, uma “palestra-show”, entremeando as músicas com sete textos, gravando com 22 instrumentos em estúdio, com arranjos e direção musical de Itiberê Zwarg (músico e atual marido).
A partir daí, deixei de levar instrumentos para o palco e me apresentava com a trilha sonora, cantando ao vivo. Integrando cada vez mais a arte em meu trabalho.
Com uma agenda intensa de viagens, reduzi progressivamente o atendimento em consultório. Com a pandemia, as palestras presenciais tornaram-se impossíveis e migrei para o ambiente virtual, com as limitações inevitáveis. Como já havia iniciado a trabalhar com cursos online, inseri a palestra-show como parte do material do curso “70 dicas para viver bem nas trilhas da vida”, gravado em casa durante a pandemia e destinado ao público geral.
Em 2021, parei de atender em clínica privada para me dedicar aos cursos online para profissionais da área da perinatalidade e da parentalidade, além dos cursos para público geral.
Estou muito feliz com a experiência dos cursos online porque permitem interação com os alunos e a constante atualização do conteúdo, incluído no material complementar às aulas gravadas. A atualização do conteúdo dos livros, que já fiz em quase todos, demanda muito mais tempo de espera para novas edições.
Desde o início da pandemia, passei a atuar como voluntária do Time Humanidades, que oferece uma conversa pontual para quem está sentindo o impacto da pandemia e Redes de conversa online e gratuitas, que tem sido uma experiência maravilhosa!
Participar na coordenação das Redes de conversa tem trazido boas descobertas. Há pessoas que estão sempre nesses encontros, compartilhando inquietações e recursos para enfrentar os desafios que surgem. O afeto circula, e o apoio mútuo é emocionante, oferecendo conforto às múltiplas perdas e celebrando cada progresso.
No início de cada reunião são apresentados os “combinados”: ouvir as histórias das pessoas sem julgar e sem dar conselhos, falar de si mesmo dando tempo para que outros participem. Surgem músicas, poesias, histórias que promovem a reflexão e nos convidam a viver com leveza em um período que está tão difícil para todos.
Ninguém sabe como será o mundo pós-pandemia. Estamos vivendo na incerteza, na imprevisibilidade, na insegurança. Na minha estrada de vida pessoal, tive dois filhos no primeiro casamento e estou no terceiro, um amor da maturidade. Aos 72 anos, sinto muita gratidão por tudo que vivi e aprendi e, com o tempo que ainda tiver pela frente, pretendo aproveitar o presente de cada dia da melhor forma possível. Com amor e arte.
Parabéns Uma bela trajetória na qual pode unir a arte em seu trabalho bem como experienciar novas formas de atuar amorosamente.
Agradeço suas palavras, Norma! Integrar cada vez mais a arte na minha vida tem sido uma fonte de bem-estar, especialmente neste tempo difícil para todos nós.
Maria Teresa, acompanho vc há muito e tenho enorme apreciação por sua caminhada. Usei com minhas filhas e já orientei muitas familias com seu livro “Comunicação entre pais e filhos – A linguagem do sentir.” Cada vez que leio ou oreiento alguma famila, observo como objetiva o reconhecimento da forma da relação que está ocorrendo e com isso, favorece ao adulto a adequar a maneira como vai trocar com a criança e mesmo com um adolescente. Fantástico! Linda a oportunidade de poder colocar esse depoimento para vc! Obrigada,
Iandara David dos Santos
Psicopedagoga, Terapeuta de Familia.
Feliz por ler esse depoimento, Iandara! É muito gratificante ver o alcance do que escrevo na vida das pessoas!